sábado, 27 de abril de 2013

Trânsito, a ótica da caótica

Bons tempos em que se tirava o carro da garagem e engatava a primeira saindo de mansinho, sem olhar para os lados, sem a preocupação de que a rua estaria com muitos carros em circulação. Nós estacionávamos quase em frente ao prédio em que queríamos ir.
Hoje sacamos o carro até a saída da garagem e ficamos atentos por uma vaga ambulante no meio do fluxo de carros, quando ela aparece saltamos qual predador para poder ganhar as ruas com nosso bólido, disputando um lugar em um mundo lata. Mananciais de carros que escoam rapidamente pelos principais leitos preferenciais rumo aos vicinais, ou voltando procurando um "pit stop".
O que me proporcionou essa visão sufocante de energia histérica que faz estricção em nossa mente, foi a forma brutal com que fui abduzido da sociedade por vinte dias em razão de um câncer então descoberto e que provocou hemorragias. Mas isso é assunto para outra postagem. Quando a gente sai de um confinamento tudo fica estranho à nossa percepção e leva um tempo para acostumar ao cotidiano.
Saí pelas ruas no primeiro dia e me dei cercado por todos os lados de semelhantes dentro de suas armaduras,
blogs.diariodeparnambuco.com.br
 super atentos por uma brecha á frente procurando ou imaginando espaços onde possam arremeter seus veículos. A cada espaço de carro, sob todos os pontos de vista estavam ocupados ou sendo ocupados. Minha mente deformou na ora e todo o meu ser clamou por entrar imediatamente na mesma frenética sintonia dos "sentados atras do volante", pressa e agilidade era a ordem.
Me lembro de um desenho animado da Woll Dysney, em que o personagem Pateta é um cidadão em guerra com o transito, fazendo demonstração de cidadãos nervosos e calmos,  http://www.praquempedala.com.br/blog/o-desenho-foi-feito-ha-60-anos-e-retrata-perfeitamente-o-motorista-de-hoje-em-dia/.
Vale a pena ver ha sessenta anos atrás, é atualíssimo

Minha cidade no interior do Paraná com 96.700 habitantes segundo o último senso, conta com 44.100 veículos cadastrados, isso dá uma média de 2,2 pessoas por cada carro, estes carros em algum momento do dia ou da noite, estão nas ruas, imagino todos nas ruas da cidade, não haveria rua o suficiente para tanto. Pois nos horários comerciais não encontramos vagas para estacionamento.
Mas o que enfatizo é a forma que encontrei para enfrentar isso, consigo manter a mente calma quase que anacrônica, mas esperto e vigilante com as variantes de velocidade e a atmosfera das ruas, direção defensiva, diriam alguns.
Somos todos cidadãos, merecedores de toda a  abundância de Deus, atingimos um nível social  brasileiro de termos condições de ter nosso meio de transporte, e mais, ostentar um lindo carrão seja ele dez, oito, três anos. zero km, não importa. Estamos numa faze de transição para melhor onde nosso mundo, nosso país vai atingir a idade de ouro. Vamos sofrer menos se aceitarmos as mudanças, então a evolução virá de maneira mais suave. Devemos nos programar para vivermos em um oceano de carros com oportunidade para todos. É graças ao todo que temos combustível na porta de casa, estradas pavimentadas para onde imaginarmos ir. Carros cada vez mais perto de nossos sonhos. Não foce o todo imenso não haveria tecnologias para grandes escalas de fabricação, nem condições financeiras á maioria total gama de cidadãos.
                  

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